A mesa que presidiu os trabalhos assiste ao discurso da acadêmica Lorena Saboya
O bicentenário de Gonçalves Dias, no dia 10 de agosto, foi marcado no Maranhão, dentre várias outras solenidades, pela sessão solene realizada pela Academia Maranhense de Cultura Jurídica, Social e Política – AMCJSP, no plenário do Tribunal de Justiça do Estado, e presidida pelo professor e advogado Sergio Tamer.
Como parte das comemorações, ocorreu a posse dos novos acadêmicos, Douglas Martins, Lorena Saboya e José Luiz Gama, que ressaltaram a trajetória profissional e intelectual de seus patronos, respectivamente, Renato Archer (cadeira nº 33); João Batista Ericeira (cadeira nº 4); e José Nascimento de Morais Filho (cadeira nº 23). Eles foram saudados, respectivamente, pelos acadêmicos Sônia Amaral, Cristiane Lago e Sara Gama, que fizeram aplaudidos discursos de boas-vindas. A mesa da sessão solene foi composta pelas seguintes autoridades: desembargador do TRT-MA, Dr. James Magno; vice-presidente da OAB-MA, Dra. Tatiana Costa; desembargador do TJMA, Dr. Jorge Rachid; presidente da AMCJSP, Sergio Tamer; vice-presidente da Academia Maranhense de Letras Jurídicas, Dr. Luís Augusto Guterrez; vice-presidente da Assembleia Legislativa, Dr. Rodrigo Lago.
As acadêmicas Sara Gama, Sônia Amaral e Cristiane Lago, responsáveis pelos bonitos discursos de saudação aos novos integrante da AMCJSP
Coube ao presidente Sergio Tamer fazer o discurso em alusão à vida e a obra de Gonçalves Dias, ocasião em que destacou que “todo o seu exuberante conteúdo humano e literário é inesgotável e, por isso mesmo, imorredouro! “; – para em seguida, acrescentar: “E jamais uma concisa fala, como essa, ao ensejo do seu ducentésimo aniversário de nascimento, poderia abarcar, mesmo que com extremada síntese, toda a sua significante extensão.”
Tamer disse que “pátria, mulher e natureza foram os elementos constantes e sublimados na obra poética do genial vate maranhense e que, inquestionavelmente, foi ele o nosso primeiro poeta lírico, tendo estabelecido os fundamentos de uma poesia brasileira ao romper com os padrões da arcádia lusitana até então vigentes no país.” Afirmou que “um dos seus biógrafos, Nogueira da Silva, observa que essa íntima e cívica brasilidade fez dele “o grande, o imortal, o máximo poeta da raça”, conceito que não difere daquele feito por Alexandre Herculano que ao ler “Os Primeiros Cantos” sublinhou, “como exemplo da verdadeira poesia nacional do Brasil” o poema “Canto do Guerreiro”.
Destacou, por outro lado, o palestrante, que “Gonçalves Dias canta o nascimento de um Brasil autônomo, política e literariamente. Situa-se esteticamente entre a era Colonial e a era Nacional. Foi um rico momento de autoafirmação nacional que iria marcar esse primeiro momento do Romantismo brasileiro” – concluiu.
Os novos acadêmicos Douglas Martins, Lorena Saboya e José Luiz Gama com o presidente da Academia, professor Sergio Tamer
O evento congregou confrades, confreiras, familiares e amigos dos empossados, que lotaram o plenário do Tribunal de Justiça, fato que propiciou um momento inesquecível de celebração e reconhecimento à cultura jurídica e social do Estado. Ao final, o presidente Tamer parabenizou a todos por integrarem um evento de tão relevante significado e excelência, augurando para que a jornada dos novos acadêmicos seja marcada por contribuições significativas aos projetos e objetivos da Academia Maranhense de Cultura Jurídica Social e Política, honrando assim o legado de Gonçalves Dias e consolidando um futuro promissor para a sociedade maranhense.